Por que o impacto de Kevin VanDam na pesca será para sempre

Poucos pescadores ou atletas serão conhecidos como os maiores que JÁ FIZERAM ISSO em seu esporte. E talvez as realizações de VanDam sejam eclipsadas algum dia. Mas duvido que o personagem em que ele fez isso o faça. E o impacto de Kevin VanDam na pesca permanecerá para sempre. Ele foi um touro em uma loja na China nos primeiros anos de sua carreira e passou por cima das fileiras de pescadores nas duas décadas seguintes. Fiquei apaixonado por ele na primeira vez que o vi queimando uma isca giratória em água fria e lamacenta, com seu blusão balançando em seu corpo magro e um chapéu de caminhoneiro de espuma que ficava a trinta centímetros do topo de sua cabeça.

Vamos começar de onde aprendi VanDam e depois passar para nossa relação de trabalho e minhas observações sobre Kevin VanDam, o homem, e agora para o crepúsculo de sua carreira de pescador de torneio. E talvez você entenda por que achamos que o legado dele durará para sempre.

Eu ainda estava no ensino médio, prestes a ir para a faculdade naquele outono, na época em que ele começou a pescar profissionalmente em 1990. Então ali estava um cara que tinha basicamente a minha idade e que estava imediatamente dominando a pesca profissional do robalo. Dois anos depois, ele já havia conquistado o título de Pescador do Ano BASS (1992). Fiquei apaixonada por ele. Eu era um pescador de robalo bastante decente e estava me formando em contabilidade. Eu estava odiando meu curso e as aulas, e me encontrei com meu orientador acadêmico, que era um dos professores de contabilidade. Ele me fez acompanhar alguns contadores locais e voltar e discutir com ele.

Da próxima vez que o vi, disse-lhe o quão infelizes aqueles caras pareciam e o quanto eu não queria ser aquela pessoa. Ele me perguntou o que eu queria fazer. Eu disse, seja o editor de uma revista de pesca. Ele riu. Ruidosamente. E muito. Isso meio que me irritou. No semestre seguinte, mudei meu curso para Gestão de Marketing Empresarial e saí da escola alguns anos depois. Trabalhei para algumas empresas de Tecnologia da Informação e subi na hierarquia e nas certificações técnicas onde meu conjunto de habilidades era muito procurado.

Após 10 anos de TI, comecei a me dedicar à fotografia com essa nova versão de câmeras chamadas DSLRs, que eram câmeras SLR digitais. Comprei o primeiro da Canon, o D30. Usei essa câmera como freelancer para a seção de atividades ao ar livre do jornal local, depois para algumas revistas estaduais e, finalmente, para algumas revistas nacionais de pesca, como FLW Outdoors. A próxima coisa que sei é que estou trabalhando em tempo integral na FLW e me mudando para Kentucky, cheguei a editor-chefe e depois passei para o digital e executo conteúdo na Wired2fish.

Consegui tirar fotos de VanDam na água em um evento do Beaver Lake FLW Tour para o jornal e foi a primeira vez que estive perto dele e o vi pescar pessoalmente. Isso foi em 2001. A propósito, ele ganhou o prêmio de pescador do ano no FLW Tour naquela temporada, seu primeiro ano pescando lá.

Quando mudei para a Wired2fish, fiz a cobertura dele em meu primeiro evento, o Bassmaster Classic em 2010 em Lay Lake. Sim. Ele ganhou essa também. Tornou famosa a sombra de olhos vermelhos. Foi um torneio frio e duro, e admito que ao vê-lo no final ele parecia exausto. É a primeira vez que ele parece falível para mim.

Mas no próximo Bassmaster Classic em 2011, ele parecia energizado e imparável. Na verdade, escrevi um artigo de opinião sobre Por que Bass Fishing precisa de um super-homem como Kevin VanDam. Escrevi esse artigo em resposta ao que ouvi outras pessoas dizendo naquele Clássico sobre como era chato ver Kevin VanDam sempre ganhar tudo e como isso não seria bom para o esporte. Pensamento superficial. Então escrevi uma resposta a esse pensamento superficial. Porque quando olho para qualquer esporte, há alguns grandes nomes que impulsionam esse esporte. Isso é sinônimo de excelência. Que todos os outros atletas aspiram ser e ainda admiram, embora façam o mesmo trabalho.

Kevin estava fazendo isso com o esporte não convencional da pesca do robalo.

Quando comecei a trabalhar individualmente com Kevin VanDam, esperava que ele fosse um cara autoritário, de grande ego e maior que a vida. Foi um tanto intimidante. Mas o que percebi foi que o cara tinha uma ética de trabalho de um milhão de quilômetros por hora. Ele estava única e supremamente focado em qualquer tarefa que tivesse em mãos, e a fazia com velocidade e intensidade. A coisa do ego foi exagerada. Sim, ele transborda confiança nos círculos de pesca do robalo, mas gosta de ser tímido com as pessoas porque se baseia em quem ele é e no que é capaz. Um cara supercompetitivo e motivado, com um incrível senso de urgência em relação a todas as coisas. Não há perda de tempo. Sem movimentos desperdiçados. Sem decepções em explosões emocionais.